terça-feira, 1 de julho de 2008

Extraído do livro

Crianças e suas Vidas Passadas

De Carol Bowman

A parte em itálico, é de responsabilidade do dono deste blog

A crença na reencarnação elimina o medo do inferno eterno que a igreja emprega para disciplinar, dominar seu rebanho seus subjugados. Em outras palavras, a reencarnação mina a autoridade e o poder da igreja dogmática. Não foi à toa que deixou os defensores da fé tão preocupados.
Apesar do decreto de 553, "quando o Imperador Justiniano mandou matar mais de um milhão de reencarnacionistas"
a crença na reencarnação persistiu. Foram precisos mais de mil anos e muito derramamento de sangue para reprimir completamente a idéia. No início do século XIII, os cátaros, uma seita de cristãos que acreditavam na reencarnação, florescia na Itália e no sul da França. O papa montou uma cruzada para erradicar aquela heresia, e meio milhão de pessoas foram massacradas inteiras de uma só vez sendo os cátaros completamente eliminados. Esse expurgo foi precursor da brutal inquisição que começaria logo depois. Não apenas a simples crença na reencarnação era causa para uma perseguição, como a crença em qualquer idéia metafísica que ficasse fora das fronteiras dos dogmas da igreja. A mortífera eficiência da inquisição mostrou-se eficaz. A perseguição pela igreja institucional amedrontou a psique coletiva rodeando-nos com uma grade invisível, que separa o que é permitido do que é perigoso acreditar. Desde então, as pessoas que nutrem idéias proibidas aprenderam a manter seus pensamentos guardados. Nossa memória cultural ainda carrega o medo das represálias por ligação declarada com práticas ocultas, o uso de poderes psíquicos ou a crença na reencarnação. Eis aqui a origem do comportamento duplo. Não é à toa que muitas pessoas hoje acreditam em reencarnação no âmbito privado, mas temem afirmá-lo em público, com medo de serem consideradas estranhas, o nome moderno da heresia. Talvez entendendo de onde vêm o medo, possamos acabar com seu controle, do catolicismo romano sobre nós e derrubar a grade invisível. Assim quando nossos filhos falarem de vidas passadas poderemos seguir nossos corações e não nossos temores, e acreditar neles.